Casamento molhado

Lá diz o ditado que é casamento abençoado. O Pedro não gostou muito desta expressão porque leva a palavra casamento duas vezes e estivemos a debater isso um bocado.

Pois é, casou-se mais uma prima (a que está imediatamente antes de mim - MEDO!!!) e a coisa compôs-se. Tinha um dia cheio, a começar com uma sofisticadíssima Missa Nova, na enorme igreja da Trindade, de um quase primo ordenado padre em Roma e que veio cá abençoar-nos, pobres mortais. Tenho de me rir com estas coisas, mesmo que o Pedrinho se chateie! Ora, nessa tal missa, onde estavam várias personalidades da nossa sociedade, nomeadamente da política, estavam várias familias conhecidas no Porto, como "familias bem". Porque falo nisto? Porque, estava eu super atenta à missa quando topo um gajo novo, muito elegante e distinto, a ir confessar-se durante a missa. Preparava-me eu para gozar com isso e vem o gajo cumprimentar o Pedro. (!!) Eram amigos de infância... Por sua vez, esta figura era da família Montenegro (o nome diz tudo). Engoli em seco, ao imaginar do que eu livrei o meu querido namorado... Porque não me agradece ele? Bom, a este Montenegro, seguem-se outros. Estavam a confessar-se para poderem comungar. Ainda tentei ouvir qualquer coisa. Muito gostava eu de saber dos pecados deste betos aristocratas... Mas o meu queridinho impediu-me.
Já me doíam os pés e volto para SJM para o casamento da prima. Desta vez não chorei....
Ela estava linda e correu tudo muito bem. Confesso que assistir a duas missas no mesmo dia foi um martírio, até porque a do casamento mais parecia um espectáculo de variedades. Eu contei palmas pelo menos 3 vezes. Depois tive de abandonar a igreja a meio que já estava no meu limite. Fora isso, a festa foi gira e os noivos estavam felizes. Neste momento devem estar aborrecidíssimos nas Maldivas. Pobrezinhos.