Monday, August 22, 2011

bossa nova do meu coração

Poucos são os povos que conseguem trabalhar a música com os brasileiros. Têm o ritmo no sangue, a musicalidade nasce com eles. Nota-se no falar e no gingar de um maladro.

A bossa nova nasce neste país abençoado e consegue musicar o amor, a saudades, a beleza e a paz que vem de quem vive de bem com a vida.

Gosto de bossa nova. Gosto muito mesmo.
Embora tenho um certo "pingo a azedo" com os brasileiros com quem me vou cruzando, tenho a certeza que outros há. Outros como Vinicius, Toquinho, Caetano, João Gilberto, Gal Costa, etc..
Imagino a terminar os meus dias na paz de uma praia brasileria enquanto ouço os mestres cantar para mim.

Saturday, August 20, 2011

Madalena do mar

a mulher de 30 já tentou vir aqui deixar um registo destes 9 meses passados, mas acaba sempre por desistir antes de publicar. Muito aconteceu e muito deixou de acontecer, não quero saber. Hoje não estou boa para recordar.

Hoje apetece-me falar de pessoas que vivem em lugares com nomes como este: Madalena do mar...
Este sítio existe mas podia ser outro qualquer, que outros há.
Cada um de nós pode imaginar esta paisagem como quiser e com quem quiser. Pode imaginar que lá, à beira daquele mar, passeiam-se, em longas vestes finas e claras, amigos de longa data, de tempos já esquecidos ou aqueles que já partiram para não mais voltar. Passeiam-se também pedaços de nós, fantasmas errantes do que fomos e deixámos abandonados perdidos a vagear por aí.
Cada um de nós escolhe o nome a dar ao seu sítio e eu escolhi o meu. Depois de o chamar pelo nome coloco nele tudo isto e muito mais e assim, por raras vezes, consigo fechar os olhos e voar até lá.
É um lugar em que as coisas seguem o seu rumo a um ritmo certo; nem lento nem acelerado, apenas cadente e regular como devia ser o bater do coração. Ali, existem pessoas que fazem parte daquele lugar tanto como o mar, as rochas, as árvores. Não faz sentido tirá-las de lá, roubar-lhe o encanto, o brilho no olhar. É como colocar um pirilampo numa caixa, puro egoísmo. Porque esta beleza é como a água que apertamos na mão, não há forma de a prender e por isso é tão única e preciosa.


São assim as pessoas que vivem em lugares com nomes como Madalena do mar.... Pertencem lá e lá devem ficar, numa memória, a sorrir para nós à espera que um doce e quente sopro do destino nos leve de volta aquele refúgio da alma para lá ficar ou apenas para beijar a boca da Madalena do mar.